
Terceiro Comitê da Assembléia Geral: Social, Humanitário e Cultural –
A influência da pornografia na perpetuação da violência contra mulheres e LGBTs
A indústria pornografica consolida-se, cada vez mais, pelo avanço tecnológico. O acesso à imagens, vídeos e histórias eróticas mais críveis tornou-se desimpedido e, consequentemente, mais explorado e disseminado. O conteúdo para consumo é produzido, majoritariamente, pelo uso de estereótipos problemáticos e de fetiches que não correspondem com a realidade da vida sexual.
Não há monitoramento eficiente do conteúdo que está sendo produzido e exposto, assim, estupros, filmagens não autorizadas e pedofilia podem vir ao público sem nenhum tipo de fiscalização ou punição sobre quem publicou ou está vendo. Portanto, “quando as pessoas consomem pornografia, elas estão contribuindo para o tráfico sexual, elas estão contribuindo para as DSTs, estão contribuindo com pessoas que são, em sua maioria, dependentes de álcool e drogas”, relata Shelley Lubben, ex-atriz pornô, que atualmente trabalha resgatando e auxiliando outros tantos atores a deixarem a indústria.
Muitos países não possuem legislação vigente que determina normas para que tipo de pornô pode ser exposto e penas, no caso de irregularidades, das pessoas que produzem e assistem determinados pornôs. Por isso, torna-se necessária a discussão de como a criação e distribuição desenfreada de pornografia pode afetar as relações sociais, e do que fazer quando a pornografia deixa de ser entretenimento e passa a ser crime.
Para isso, convidamos os senhores delegados a discutir no Terceiro Comitê da Assembleia Geral das Nações Unidas: Social, Humanitário e Cultural acerca da melhoria das condições de vida da população inserida nesse contexto social e a exploração que sofrem. Bem como a criminalização de abusos e os problemas gerados pela fetichização exacerbada.

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